Os 150 anos de
Zeferino Galvão
Marcelo O. do Nascimento
No dia 9 de maio de 1864 nascia, em área então pertencente ao
município do Brejo, Zeferino Cândido Galvão Filho, intelectual que dispensa
apresentações. Segundo ele mesmo, em autobiografia (mil vezes infelizmente
desaparecida), chegou a Pesqueira aos seis anos de idade, no mês de maio de
1870. Aqui não ficou rico, ganhou tão somente o necessário para sobreviver, mas
tornou-se o maior escritor que a cidade já viu. Foi professor, historiador,
filósofo, poeta, jornalista, linguista… Deixou uma obra gigante, mas que muito
pouco é conhecida. Muitos de seus trabalhos não chegaram a ser publicados e
alguns foram perdidos.
Esse ano completaram-se 90 anos de sua morte, tendo falecido em 1º
de fevereiro de 1924. completaram-se também, neste mês de maio, além dos 150
anos de seu nascimento, 144 anos de sua chegada a Pesqueira. Observador, como
deveria ser, viu grande parte da evolução de Pesqueira, registros que talvez
tenha feito na autobiografia, mas que também talvez nunca cheguemos a conhecer.
Nela, em trecho conhecido, disse ele sobre esta terra: “encontrei-a pequena e obscura,
monótona e mal construída […] cresci e ela cresceu comigo. De simples vila
passou a cidade; tornando-se rica, enchendo-se de habitantes…”
Este mês de maio de 2014 passaria em branco se não fosse a pequena
mas importante publicação “Sesquicentenário de Zeferino Cândido Galvão Filho”.
É o reconhecimento da Prefeitura Municipal (responsável pela edição), através
do Instituto Histórico e Geográfico de Pesqueira e da Fundação de Cultura que
carrega o nome do intelectual homenageado. Em trecho da apresentação, resume-se
o seu propósito:
“… mais que lembrar o Sesquicentenário de seu nascimento é fazer
com que a sua vida e obra chegue aos estudantes e de um modo geral à comunidade
pesqueirense, investindo em práticas pedagógicas que visem despertar o gosto
pela leitura e a adoção de novos pontos de vista e novas posturas pelo universo
literário”.
http://www.pesqueirahistorica.com/2014/05/os-150-anos-de-zeferino-galvao.html

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